O POLITICAMENTE CORRETO
- Renan Alvarez
- 26 de mar. de 2017
- 2 min de leitura
Em entrevista exclusiva, vereador da base aliada do prefeito Crespo mostra insatisfação com aumento da tarifa de ônibus.

A menos de noventa dias depois de sua posse, o desgaste do atual chefe do executivo de Sorocaba José Crespo se tornou iminente, isso se dá porque alguns dos vereadores aliados ao prefeito têm feito duras críticas, dentre eles, um dos principais representantes, Vitor Alexandre Rodrigues, mais conhecido como Vitão do Cachorrão (PMDB) que não tem economizado nas críticas. Tudo começou após a divulgação de uma nota da assessoria de imprensa da prefeitura que informava reajuste de 7,89%no preço da passagem de ônibus municipal a partir de 1º de março, algo que, segundo apoiadores do prefeito, confronta tudo o que foi prometido na época da campanha eleitoral em outubro do ano passado. Os valores reajustados são esses: o vale transporte que era R$ 4,00 passou para R$ 4,60, o passe social que de segunda a sábado era R$ 3,80 passou para R$ 4,10 e domingos e feriados que era de R$ 1,50 passou para R$ 2,50, além do passe estudante que era R$ 1,50 e passou para R$ 1,60, a única modalidade que não sofreu reajuste foi o passe terceira idade, que segundo a lei municipal prevê isenção de cobrança. Após entrar em vigor, em sessão realizada no último dia (02), o vereador Vitão do Cachorrão procurou enfatizar sua insatisfação com a atitude de Crespo.
Fizemos contato com o vereador, em sua residência na Zona Norte de Sorocaba; e para a nossa surpresa, o tom enérgico de suas declarações se mantiveram mesmo em meio a tanta polêmica envolvendo o assunto, sempre demonstrando descontentamento quanto ao caso e bastante preocupado ao ponto que poderia chegar à decisão, e como isso poderia afetar a população em geral.
Segundo o vereador, a atitude tomada terá uma resposta negativa de boa parte da população: “O aumento não foi medida popular, até porque não houve paralisação dos motoristas acerca disso, a população usa em média três, quatro passagens por dia para ir e voltar do trabalho, sendo que o valor cobre 40% do salário de quem paga” afirma ele. E o impasse continua quando se trata da comunicação entre vereadores e prefeito, que segundo ele, tem dificultado a relação: “O prefeito não está atendendo nenhum requerimento feito pela câmara, pelo contrário, ele quer manter comunicação por e-mails, e nós queremos contato direto com ele” destaca.
Perguntamos se seus questionamentos poderiam ter sido influenciados por decisão do partido, por ser um partido coligado ao prefeito, ele demonstrou ter optado por convicção própria: “A decisão de ir a tribuna foi a meu entender, o partido (PMDB) não tomou nenhuma posição” afirma. Segundo o vereador, a única forma de chegarem a alguma conclusão positiva para ambos os lados, seria uma reunião com o chefe do executivo: “Há uma necessidade urgente de reunião, queremos que ele atenda a nossa demanda, pois se caso isso não ocorrer, já afirmo que o meu voto é a favor do povo” conclui.
Tentamos contato com o Secretaria de Gabinete Central da Prefeitura, mas não fomos respondidos até o final da edição.
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