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JORNALISTA: O PROFISSIONAL DA NOTÍCIA

  • Thais Marques
  • 28 de abr. de 2017
  • 7 min de leitura

Saiba mais sobre a profissão e faça dela seu futuro


Profissão Jornalista. Fonte: Público CDN


O profissional da área de jornalismo é aquele que procura e divulga as informações por meio dos veículos de comunicação, como jornais, revistas, rádio, TV e internet. Ele também é responsável por redigir e editar reportagens, fazer entrevistas, escrever artigos adaptando o tamanho, abordagem e linguagem dos textos aos veículos e públicos-alvo.

Para ser um jornalista é necessário ter senso crítico, capacidade de expressão, domínio da língua portuguesa, de técnicas de redação, além de conhecer softwares de edição de textos e imagens.


Dia do jornalista



Dia do Jornalista. Fonte: Amambai Notícias

Desde 1931, no dia 7 de abril é comemorado o Dia do Jornalista. A data foi uma decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como forma de homenagear o médico e jornalista Giovanni Battista Libero Badaró, morto por inimigos políticos em 1830.

Mais conhecido como Libero Badaró, ele era da oposição do imperador Dom Pedro I e criou o Observatório Constitucional, jornal independente que tinha foco nos temas políticos até então censurados ou encobertos pela monarquia. Defendia a liberdade de imprensa e morreu devido suas denúncias contra os homens do poder.


A profissão no Brasil


Até a década de 1940 os jornalistas brasileiros não tinham formação específica, sendo a maioria médicos, advogados e escritores. O primeiro curso da área no país foi criado em 1947, em São Paulo, na Faculdade de Comunicação Social Cásper Libero.

Os cursos de graduação ganharam força a partir da década de 1960 e outras universidades passaram a oferecê-los. O diploma tornou-se exigência em 1969, possibilitando o crescimento e aperfeiçoamento dos cursos e especializações para os profissionais. Porém, no dia 17 de junho de 2009, a exigência do diploma foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal, que se fundamentou na ideia de que exigir a formação do profissional acarretava na falta de direito à informação e liberdade de expressão e que era do interesse apenas das instituições de ensino superior.

Em 2015 o assunto voltou a ser pauta das discussões com a tentativa da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que quer restituir a obrigatoriedade do diploma de jornalista.


Mercado de trabalho


Com o surgimento da internet, as vagas nos veículos de comunicação tradicionais, como jornais e revistas, têm encolhido. Mas a geração de conteúdos digitais abre novas oportunidades para os profissionais de jornalismo.

Atuar no meio digital exige formação e conhecimento de ferramentas multimídias, é necessário entender a linguagem virtual. Nessa área, encontram-se oportunidades em portais, TVs por assinatura, produtoras de conteúdo audiovisual, assessorias de comunicação, comunicação corporativa e sites de empresas.

Para aqueles que querem trabalhar como freelances, podem prestar serviços a diversas empresas ou abrir o próprio escritório de comunicação. Entre as atividades que podem ser realizadas, estão assessoria de imprensa, produção de conteúdo (impresso ou web), redação publicitária e monitoramento de redes sociais.

Apesar da não obrigatoriedade do diploma, a maioria das empresas ainda exige a certificação. As melhores vagas estão nas capitais, onde se concentram os grandes veículos de comunicação.


Quais áreas seguir


William Bonner e Renata Vasconcellos. Fonte: Pragmatismo Político

Dentro do jornalismo existem vários caminhos para quem optar por essa profissão, entre elas:


Comunicação digital multimídia: cria, monta, implanta e cuida da manutenção de websites, intranets e extranets. Também é responsável por redigir e editar boletins e revistas eletrônicas e administrar conteúdos na internet.


Edição: define o enfoque e tamanho da reportagem e escreve o texto final. Em veículos impressos e na internet, é responsável por selecionar as fotos e ilustrações que serão usadas. Em rádio e TV, combina imagens e/ou sons para dar forma final a documentários e noticiários.


Fotojornalismo: responsável por fotografar cenas reais, pessoas e acontecimentos para reportagens em jornais, revistas ou internet.


Reportagem: coleta informações e redige textos para divulgação em rádio, televisão, jornais, revistas ou internet.


Histórias de sucesso



Rodrigo Gasparini. Fonte: Arquivo pessoal

Entrevistamos três pessoas em situações diferentes de suas carreiras. Rodrigo Gasparini é repórter no Jornal Cruzeiro do Sul a quase 8 anos; Carlos Dias é recém-formado e está no G1 de Sorocaba a dois anos e quatro meses e Vanessa Corrêa é estudante e estagiária na Gazeta de Votorantim a 5 meses.

[endif]--Rodrigo não sabe exatamente quando surgiu essa vontade pela profissão. Cresceu neste meio, já que o pai é radialista, e a graduação acabou se tornando natural.

Já Carlos se encontrou com o jornalismo quando tinha 15 anos e fazia teatro. Convidado para dar uma entrevista sobre a peça em um canal de TV a cabo de Sorocaba e, depois disso, para participar de uma transmissão de futebol americano que seria realizado na cidade naquela mesma semana, se viu na área de comunicação. “Participei e adorei o trabalho de perguntar, checar e saber sobre algo que até então era desconhecido. O tempo foi passando e continuei indo até a emissora para prestar trabalho voluntário. Na ocasião, aprendi a editar e filmar. Foi assim até os 18 anos quando terminei a escola e decidi ter bagagem teórica acadêmica, seguindo o jornalismo”, conta.

Vanessa sempre foi apaixonada por comunicação e televisão. Atualmente, cursa o 6º semestre de Comunicação Social – Jornalismo e diz que depois que entrou na faculdade conseguiu ter dimensão do mundo amplo da comunicação e que trabalharia em diversas áreas dentro do que estuda.

Apesar de fazerem o que gostam dentro dos campos do jornalismo, os profissionais precisam se adaptar as mudanças e exigências do mercado de trabalho e, algumas vezes, os objetivos são diferentes da realidade. “Sou ligado à área do jornalismo esportivo, que é o que mais me dá prazer, assim como o trabalho em rádio. Porém, em nossa área (ainda mais nos dias de hoje) nem sempre conseguimos fazer aquilo que mais queremos ou gostamos e adaptar-se às mais variadas funções é essencial. Mas, independentemente da área de atuação ou da função que exerço no momento, acredito que o jornalista deve ser um grande contador de histórias, um repórter por excelência”, comenta Rodrigo.

Carlos, que já foi garçom, limpador de piscina e técnico de eletrodoméstico, tem o objetivo de mostrar que há humanidade por meio do caos que é noticiado. Ele conta que procura fazer reportagens que transmitam o lado positivo do ser humano mesmo com tanta dificuldade. “Assistimos e ouvimos tantas notícias envolvendo mortes, drogas e crimes que às vezes parece que o mundo é só isso, mas não é. Sendo assim, imprimo a cada seis meses todas as datas especiais durante o ano e procuro personagens que possam mostrar algo que mude a vida de alguém, nem que seja um sorriso em um dia ruim de algum internauta que pode estar lendo em qualquer lugar do mundo. São elas: histórias de superação, inusitadas ou boas atitudes que repercutem, por mais simples que sejam”, comenta. Vanessa ainda têm dúvidas sobre qual campo seguir, mas tem uma certeza: de que quer fazer um intercâmbio e aprimorar seus conhecimentos.


Carlos Dias. Fonte: Arquivo pessoal

Na relação mercado de trabalho x faculdade as opiniões são distintas. Rodrigo acredita que o que aprendeu na faculdade se tornou quase que irrelevante no mercado de trabalho, já que se formou em 2001 e muita coisa mudou ao longo dos anos. Ele conta que, na época em que estudava, aprendeu, por exemplo, como escrever para jornais impressos, mas que a faculdade ajudou na formação como um todo. “Acho que o grande mérito do ensino superior em jornalismo, mais do que ensinar as técnicas da profissão, é ensinar o futuro jornalista a aprender a pensar, a refletir sobre questões éticas entendendo a importância da profissão”, diz.

[endif]--Carlos dá uma dica para os estudantes: “a faculdade quem faz é o aluno. Procurei tirar o melhor de cada professor e arriscar, pois sabia que lá eu podia errar. Antes de entrar na instituição achava que sabia algo de jornalismo. Estava enganado. A faculdade me deu a base teórica e agradeço demais aos professores. No entanto, o estágio fez toda a diferença, onde pude colocar em prática o que os professores diziam”.

Vanessa está conseguindo conciliar o conhecimento adquirido na faculdade com o aprendido no estágio. “Tem muita coisa que não dei muito valor nos estudos e que hoje em dia sinto um pouco de falta, um pouco da parte de técnica jornalística, em questões de entrevistas e de fotografia. São coisas que não damos muito valor e que são fundamentais dentro da redação”, explica.

Os profissionais deixam uma mensagem para aqueles que estão em dúvida sobre jornalismo ser a área certa para seguir a carreira profissional:

Rodrigo Gasparini: “O jornalismo não é uma profissão fácil, ao contrário do que alguns possam acreditar, nada tem de glamoroso. Via de regra, não paga bem, causa desgastes e exige muito tempo de trabalho. Porém, para quem gosta, é extremamente prazeroso. A dica é: faça jornalismo se você realmente acha que gosta da área”.

Vanessa Corrêa. Fonte: Arquivo pessoal

Carlos Dias: “Se tem dúvida, procure outra coisa. Jornalismo é paixão. Não é uma área para ser rico, é uma área para ser feliz contando histórias de pessoas que você não conhece, mas que vai apresentar para outras milhares. Se a arte de construir notícia com palavras, imagens e um bom texto te atrai, arrisque, e seja sempre multimídia”.

Vanessa Corrêa: “Para quem está em processo de escolha de graduação, que escolha o que gosta e o que sempre sonhou, mesmo que as pessoas não te apoiem, pois em um momento que estiver estudando e lutando para o que deseja você saberá que foi você que escolheu aquilo e não medirá esforços para continuar. E especialmente para quem está iniciando a graduação em jornalismo agora, aproveitar muito a faculdade, levar todas as aulas a sério, por mais que você ache que o conteúdo não vale a pena, nenhum conhecimento é perdido, e, também não ter medo de arriscar e se aventurar no mercado de trabalho”.


Estude na UNIP


A UNIP – Universidade Paulista oferece o curso de Comunicação Social – Jornalismo. As principais atividades realizadas são: produções textuais, de sons e imagens para abastecer os meios de comunicação produzidos pelos próprios alunos; atuar em diversas áreas do jornalismo; desenvolvimento de produtos de qualidade; cobertura de eventos do campus, entre outras.

A grade inclui matérias como assessoria da imprensa, comunicação e expressão, fotografia, jornalismo especializado, marketing, oficina de redação entre outras.

Não espere mais para decidir seu futuro. Matricule-se no site http://www3.unip.br/vestibular/.

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