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DIA DAS MÃES: VERDADEIRAS MÃES SÃO AQUELAS QUE SE DOAM PARA COM OS SEUS FILHOS

  • Bianca Franceschi
  • 16 de mai. de 2017
  • 8 min de leitura

O dia das mães é uma data comemorativa, a qual homenageia uma pessoa a qual desemprenha o papel de mãe com dedicação e amor à um indivíduo, tanto da mesma genética ou não


A mais antiga comemoração histórica é a mitológica na Grécia antiga, quando era festejado a chegada da primavera. A deusa Rhea, mãe dos deuses era saudada por sua ampla fertilidade.


Segundo a Enciclopédia Britânica uma festividade derivada do costume de adorar a mãe, na antiga Grécia, a adoração formal da mãe, com cerimônias para Cibele ou Rhea, a Grande Mãe dos Deuses, era realizada no de março, em toda a Ásia Menor.


Na Europa, a criação da data de celebração ao dia das mães fora definida pela ativista Ann Maria Reevis Jarvis, que em 1858 fundou o Mothers Days Works Clubs com o objetivo de diminuir a mortalidade de crianças com o trabalho infantil.


Em 1865, o Mother’s Friendship Days (dia de amizade para as mães) fora idealizado para suprir as necessidades psicológicas e físicas das vítimas na Guerra de Secessão nos Estados Unidos. Segundo autor literário Ameur Farid, escritor do livro ‘’Guerra da Secessão’’, os estados do Sul tinham uma economia baseada no latifúndio escravista e na produção de algodão voltada para a exportação. E os estados do norte defendiam a abolição da escravidão e possuíam suas economias baseadas na indústria. Esta diferença de interesses deflagrou o conflito. A guerra teve início em 1861 através de ações militares do sul. Com duração de cinco anos, a guerra provocou a morte de aproximadamente 600 mil pessoas. Os estados do norte, mais ricos e preparados militarmente, venceram e impuseram seus interesses sobre os Estados Unidos.


Em 1870, a escritora Julia Ward Howe, autora de ‘’O Hino de Batalha da República’’ publicou o manifesto Mother’s Day Proclamation (Proclamação do dia das mães), pedindo paz e desarmamento depois da Guerra de Secessão.


No Brasil, em 1932, o presidente Getúlio Vargas a partir da solicitação das feministas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, oficializou que a celebração do dia das mães seria no segundo domingo de maio. A finalidade da comemoração era a valorização das mulheres com participação na sociedade.

No mês de fevereiro daquele ano, as mulheres conquistaram direito ao voto.




'’Mãe, pra ti conjugo o verbo amar’’


‘’Ser mãe significa mudar a sua vida, seu tempo, seu pensamento, dar todo o seu coração, seu amor para levar seus filhos adiante e ensiná-los a viver. Significa ter uma razão de ser para o resto da vida; querer aproveitar e viver ao máximo cada momento’’ – Priscilla Valente.




Conheça histórias motivadoras de pessoas que desempenham o papel de mãe que lutam para uma boa criação à seus filhos:


Queila Patrícia: mãe da Nicole, portadora de paralisia cerebral


Queila Patrícia Andrade de Lima Pereira, 35, é mãe da jovem Nicole de Lima Pereira, 9 anos de idade, que é portadora de paralisia cerebral.



Segundo a Associação Brasileira de Paralisia Cerebral, a Paralisia Cerebral (PC), descreve um grupo de desordens do desenvolvimento do movimento e da postura, causando limitações nas atividades. São atribuídas a distúrbios não progressivos que ocorrem no cérebro em de desenvolvimento. As desordens motoras da PC são geralmente acompanhadas por alterações na sensação, percepção, cognição, comunicação e comportamento, podendo também ser acompanhadas por crises convulsivas.


Queila, conta que tivera uma gravidez um tanto complicada. Acarretando assim a doença Eclâmpsia, que são complicações graves, associadas ao descontrole da pressão arterial, que podem surgir na fase final da gestação. “Descobri que tive a eclâmpsia quando estava prestes a ganhar a Nicoly. Os médicos disseram que iam tentar salvar a vida da minha filha, porém era uma questão de escolha: ou eu, ou ela. Enlouquecemos quando a levamos ao pediatra e revelaram detalhes do trauma e de como ia ser a vida da Nicoly”. Queila, ainda, emocionada, mencionou que a aceitação ocorreu quando assistiu ao filme “Do Luto à Luta”, que relata o mundo dos portadores da síndrome de Down, a parte de ótica de um ‘’downiano’’, que possui uma visão peculiar, sensorial e engraçada da sociedade e fases da vida, como, as dificuldades enfrentadas no cotidiano e suas potencialidades.


Nicoly está no terceiro ano da escola na APAE em Barueri (SP) e participa de todas as atividades que propõe aos alunos. “A professora dela diz que os colegas a aceitam com naturalidade a deficiência”, relata a mãe. A criança ainda pratica a fisioterapia em piscina, anda a cavalo na hípica, além da fonoaudiologia e terapia ocupacional. “Os sonhos da Nicoly são os meus, mas prefiro confiar que devemos viver um dia de cada vez, sem criar ilusões, mas viver cada momento como se fosse único”, afirma a mãe.








Edivaldo Santos: pai e mãe de duas meninas


Edivaldo dos Santos, 30 anos, pai de duas meninas, Maria Luara, 8 anos e Ana Lara 5 anos. O pai teve que se auto desafiar ao criar sozinho as duas crianças.

“Eu costumo falar que nasci com espírito de mãe, aquela mãe leoa que cuida dos filhos com garras e dentes, que é justa que ensina o certo e o errado, que quando seus filhos estão certos os parabeniza, mas quando estão errados chama atenção. Cuidar dessas duas pequenas não é uma tarefa fácil, quando a mãe delas as deixou, ela teve a certeza que as entregou em boas mãos. A mãe não as abandonou, mas simplesmente quis o melhor para as meninas. Eu sou o pai mais realizado do mundo por ser presenteado com a vida delas. As prioridades na minha vida mudaram. Deixei de lado muitas coisas para viver em função das meninas, ao mesmo tempo que ensino a elas, aprendo mais, mudei de um menino que eu era, para um pai de duas princesas”, declara.


“Tem dias olho para o céu e falo com Deus será que ainda tenho forças para criar essas duas? E Deus me responde com um gesto delas que é quando chego em casa elas largam tudo o que estão fazendo e vem correndo gritando: “o meu pai chegou” e me abraçam. Isso não tem preço. Automaticamente vem toda minha força para criar com amor, dedicação, carinho e respeito. Só posso dizer que nos dias de hoje me sinto exemplo não só para aqueles pais que se encontram na mesma situação que eu, mas para muitas mães também. Tenho orgulho de poder compartilhar cada instante da minha vida com as meninas. Hoje sou eu quem pega nas mãos delas para tudo, lá na frente tenho a certeza de que elas estarão pegando nas minhas mãos”, enfatiza, o pai.






Sheila Saboia: adotou uma filha de coração, alma e no papel


Sheila Soares Cordeiro Saboia, 35, casada a 17 anos com Danival Saboia, 37, escolheu para a vida, ser mãe e conquistou sua filha quando resolveu adotar a Joyce, 14.

No portal do governo do Estado de São Paulo, o processo de adoção no Brasil envolve regras básicas, ainda desconhecidas da maioria. Um dos pré-requisitos ao interessado, com idade igual ou superior a 18 anos, é encaminhar-se a uma vara da Infância e Juventude e preencher um cadastro com informações e documentos pessoais, antecedentes criminais e judiciais.


Sheila tivera sempre o sonho de adotar uma criança e por meio de informações de sua cunhada, Mara Saboia, 47, que estava em processo de adoção, concretizou seu sonho.


A mãe, Sheila, tem três filhos, Alisson Cordeiro, 20, Alan Cordeiro Saboia,14 e Joyce Vitória Cordeiro Saboia, 14 anos. A filha adotiva é a Joyce, quando fora reconhecida legalmente quando tinha 8 anos de idade.


“Quando minha cunhada conseguiu adotar o Raniel ela me contou que havia uma menina que no momento da despedida tocou as mãos dela e disse: ‘’tchau moça!’’ – momento em que ela me contou, meu coração disparou e eu tive a confirmação de que a Joyce era a minha menina. Eu nunca tinha a visto, mas senti profundamente que Deus havia concedido aquela chance para eu ser mãe novamente. No dia seguinte fui até o fórum da cidade de Votorantim e conversei com a responsável pelas crianças do abrigo, até fiquei com receio de achar que havia algum problema com o meu entusiasmo, mas mesmo assim insisti na minha intuição e no final autorizaram de eu ver a minha filha”, conta Sheila.


De acordo com o portal Adoção Brasil, após pesquisas realizas na região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) os adotantes estão em média de dois a três anos na fila adoção para crianças com até um ano de idade. Sheila visitava Joyce no abrigo de Votorantim toda semana e quando a perguntava sobre se ela quisesse que voltasse, a menina afirmava. “Pedi para a juíza, para que Joyce passasse as férias com a minha família e autorizaram. Meus filhos a receberam bem, como Alan tem a mesma idade que ela, o convívio foi tranquilo. Depois de um tempo descobrimos que a minha cunhada, Mara havia adotado o irmão de Joyce. Raniel e Joyce eram irmãos. A alegria da família estava completa. Logo consegui a guarda da minha filha, o procedimento durou em torno de três meses. O processo de adaptação não foi fácil, a Joyce tinha alguns momentos de revolta, era bastante agressiva, mas o amor falou mais alto, nós não desistimos. Definitivamente a Joyce faz parte de mim”, declara Sheila.





Marina Santiago: mãe aos 20 anos de duas crianças


Marina Santiago de Lima Martins, 20 anos, engravidou aos 17 anos, e aos 18 anos, descobriu que estava grávida novamente. A gravidez foi um impacto, pois estava com outros planos para o futuro, como estudar, porém foi mais chocante a segunda gravidez, além de estar esperando a Manuela eu estava com um bebê ainda com 7 meses de idade, o João.


“A experiência de ser mãe é incrível, um amor recíproco, uma descoberta a cada dia, eles me tornaram uma mulher melhor e mais madura. Meus planos para o futuro é me formar nos meus cursos na área de estética e conseguir dar o melhor para meus filhos, uma boa educação à eles’’, comenta Marina.


É comum a gravidez na adolescia, mas o desafio fora dobrado. Marina sofreu preconceito por não estar com o pai no momento em que engravidou e por sua pouca experiência.


“Ser mãe nova é de praxe ser alvo de preconceitos impostos pela sociedade, mas a maior dificuldade, primeiramente é ser contratada por alguma empresa, quando os contratantes ficam cientes da quantidade de filhos, descartam qualquer habilidade que o impressionou. Mas a luta continua para um futuro digno aos meus pequenos”, conta.








Natália e Regina Alcântara: mães do pequeno Matheus


O casamento gay é a relação entre duas pessoas do mesmo sexo biológico ou da mesma identidade de gênero. Atualmente a luta dos casais homofetivos é o casamento igualitário.


Natália e Regina, se conheceram na empresa em que trabalhavam, eram amigas e se apaixonaram, com isso resolveram tentar um relacionamento. Como todo casal gay, a sociedade os impuseram julgamentos e críticas, mas a frase ‘’só o amor supera tudo’’, fez sentido nessa relação.

“Conheci a Regina na empresa em que trabalhávamos, nós não tínhamos noção do quanto seria importante a nossa amizade. Começamos a namorar no ano de 2011, e logo fomos morar juntas. Os nossos sonhos eram os mais comuns de todo casal: ter a nossa própria casa e nosso filho. Conseguimos conquistar um deles: o Matheus é o nosso presente. Um certo dia conversei com um amigo e ele se ofereceu como doador, aceitamos as condições que ele o impôs: ele não queria ser pai, somente queria ajudar. Dito e feito. Eu engravidei, uma gravidez tranquila, o Matheus é o nosso anjo, tem saúde, é extrovertido, sei que ele é feliz. Um dia se o doador e o nosso filho quiserem se conhecer, eu vou os apresentar, afinal sem o meu amigo o Matheus não estaria aqui. Somos realizadas’’, declara Natália.





Maria Marques: mãe de 13 filhos


Maria Marques, 73 anos, sua primeira gravidez foi em 1966 e a última em 1988. Todos os filhos nasceram no Ceará. Maria veio para São Roque (SP) em buscar de melhores condições de vida. Os partos dos 13 filhos foram procedimentos normais, a maioria nasceram na própria residência. A ultima gravidez acarretou algumas dificuldades e Maria teve que se internar durante 15 dias, mas conseguiu ter o seu último filho normalmente.



“Ser mãe desperta o sentimento amor. A experiência de ter tido os meus 13 filhos é única. Todos foram educados conforme os ensinamos da igreja católica. A minha maior recompensa é vê-los no caminho do bem. Nenhum filho bebe ou fuma e todos os dias nos reunimos para rezar. A união é nosso alicerce!”, conta Maria.

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