UNIP CELEBRA O DIA NACIONAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA
- Bianca Franceschi
- 11 de set. de 2017
- 3 min de leitura
Na noite de quarta-feira (30 de agosto) a universidade sediou palestra com especialistas sobre a doença rara que permeia 150 mil brasileiros.

A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune que atinge o cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal (sistema nervoso central). Isto se dá por conta que o sistema imunológico do corpo atordoa as células saudáveis e as classifica como ‘’intrusas’’ e as ataca provocando lesões.
“A esclerose é uma doença inflamatória no cérebro, ela varia em pontos graves e pontos de melhorias em seus sintomas. Os mais afetados são as pessoas entre 15 a 45 anos de idade, na fase mais produtiva da vida e em as maioria caucasianos (divisão étnica de indivíduos de pele clara)”, afirma o médico Paulo Diniz Gama, Doutor em Neurologia, pela Faculdade de Medicina da USP, professor de Neurologia na PUC, Campus de Sorocaba e, ainda, Coordenador do Centro de Referência para o Tratamento da Esclerose Múltipla do Conjunto Hospitalar de Sorocaba.

A EM é uma doença degenerativa, em que os sintomas mais comuns são fadiga, transtornos visuais, problemas como coordenação motora, dores intensas nos membros superiores e inferiores e dificuldade no equilíbrio. “O maior desafio do portador de esclerose múltipla é o enfrentamento e entendimento sobre a doença. O futuro é imprevisível, portanto o portador deve ter a consciência de que a doença pode ter suas variações, tem casos que se evoluem rapidamente para uma incapacidade e existem casos que a evolução é lenta, mas a conscientização para a pessoa é fundamental”, comenta a Fisioterapeuta e Doutora em Educação Física, da UNIP, Silvana Maria de Blascovi de Assis, 54 anos.
O diagnóstico

A descoberta da doença varia de paciente a paciente. A EM inicia-se na fase silenciosa e atinge de maneira distinta cada pessoa. É comum os portadores sentirem incômodos na visão e dores nos membros inferiores, os pacientes procuram médicos especialistas, e o diagnóstico nada é detectado, os pacientes são encaminhados ao neurologista.
“Descobri que era portadora da esclerose múltipla, em 2013, quando tinha 26 anos. Eu estava com dificuldades para enxergar. Minha visão estava dupla e embaçada, então, resolvi ir ao neurologista. Fui diagnosticada e não tive vergonha, logo fui saber sobre as formas de tratamento. Tive que fazer uma escolha e foi à aceitação”, relata Renata Cristina Guilherme, 30, portadora.
Tratamento
Os procedimentos para a esclerose múltipla é eficaz para a diminuição da inflamação dos neurônios, de maneira que evita a degeneração e amenize os sintomas. A diminuição dos processos inflamatórios são feitos à base de medicação, já os sintomas, são utilizados terapias e fisioterapias com especialistas. “O acompanhamento médico é fundamental, além de estimular a melhora, é um convite para o futuro do paciente. Toda pessoa que se encontra nesse momento da vida, deve procurar ajuda e não desanimar”, acrescenta Dra. Silvana Blascovi.
A UNIP Sorocaba possui uma clínica de fisioterapia, a qual recebem os pacientes, gratuitamente, e proporcionam suporte para o tratamento. Para participar basta o paciente ir ao especialista e receber o encaminhamento para a fisioterapia e levar até a secretaria da universidade, das 07h30 às 16h30, de segunda-feira a sexta-feira.
UPEM-SOR – união dos Portadores de Esclerose Múltipla de Sorocaba e região

A Associação fora criada, em 2006, e tem como objetivo acolher portadores de esclerose múltipla, a fim de amenizar os sintomas dos pacientes e direcionar ao caminho da esperança para a evolução.
“Comecei como voluntária no Hospital Regional, em 2010, que estava passando por uma reforma e me disseram que precisavam encontrar um local para os pacientes até finalizar a reforma. Procuraram ajuda na Prefeitura da cidade, mas não obtiveram sucesso. Foi quando eu convidei os pacientes para a minha casa, provisoriamente até reformar o regional com a promessa de retorno. E, até hoje, estamos com o projeto em aberto na Prefeitura, mas, eles alegam que não receberam verba e muito menos uma sede, então a UPEM-SOR funciona em minha residência. É um prazer receber os pacientes na minha casa”, declara Sônia Fumir Otaguro, 54 anos, voluntária.
Para participar dos encontros basta entrar em contato por meio do endereço eletrônico: upemsor@gmail.com, ou pelo telefone (15) 3202-3319. Já os interessados em fazer alguma contribuição para colaborar com a instituição UPEM-SOR, podem realizar sua doação em qualquer valor no Banco do Brasil, agência 3363-4, conta 15095-9.

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