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E AÍ, QUAL É O MOVIMENTO?

  • Pamella Evarista
  • 25 de set. de 2017
  • 4 min de leitura

O feminismo é uma luta pela igualdade, onde o homem é de ordem primária e a mulher sempre está em segundo plano.

Mulheres fortes são a imagem do movimento. Foto: Pamella Evarista.

“Feminismo: doutrina que visa à extensão dos papéis femininos”. O assunto está sendo muito comentado nas mídias, mas poucos têm conhecimento do seu real significado. Tudo começou na Europa, em meados do século XIX, como uma consequência dos ideais propostos pela Revolução Francesa, que tinha como lema a "Igualdade, Liberdade e Fraternidade".

As mulheres queriam ser inseridas no turbilhão de mudanças sociais que estas revoluções traziam, principalmente para se sentirem mais cidadãs em uma sociedade historicamente regida pelo patriarquismo. Mas esse movimento só começou a ser notado no século seguinte, questionando o poder social, político e econômico monopolizado pelos homens.

O feminismo, como muitos pensam erroneamente, não é um movimento de sexista, ou seja, que defende a figura feminina sobre o masculino, mas sim uma luta pela igualdade entre ambos os gêneros. Algumas mulheres aderiram ao movimento pelos motivos errados e, quando pensamos no que isso significa, pensamos em igualdade e não em ódio pelos homens. Apesar da luta ser para nos inserimos no mundo deles, isso não quer dizer que são os inimigos.

A sociedade colocou o homem como parte forte e as mulheres como o sexo frágil. O feminismo não é uma ditadura, trata-se da batalha pela emancipação das mulheres.

Os homens podem ser feministas? O feminismo é bom para todo mundo, mas essa questão de designar um homem como feminista ainda é polêmica. Eles não só podem como devem ser. O que eles não podem é querer ser os protagonistas dessa história. Devem usar o seu lugar de privilégio no mundo para poder influenciar outros homens.

Outro assunto muito confuso para muitas pessoas é que não é preciso ser ativista para se considerar parte desse movimento. Para ser feminista você não precisa estar nas ruas. O fato de você concordar com os ideais da causa e tentar praticá-los no seu dia a dia já te faz uma. O ativismo é orientar e educar outras pessoas, ou seja, se você mudar a cabeça de alguém já estará praticando a ativismo.


Vocabulário Feminista


Existem palavras ditas pelos feministas que são de difícil compreensão por parte da sociedade. Saiba o que significa as mais usadas nesse movimento:

Sororidade: usada há muitos anos, mas se procurada no dicionário aparece como incorreta. Refere-se ao conceito que acaba com todos os preconceitos, segundo os quais as mulheres não conseguem ser amigas, que são rivais entre si por natureza ou que são mais cruéis entre elas. Basicamente essa palavra significa o apoio recíproco entre as mulheres para conseguir direitos iguais para todas.

Cultura do Estupro: no mundo todo, a cada 11 minutos umas mulher é estuprada. Esse conceito se refere à tolerância perante as agressões sexuais e o fato de culpar a vitima por tal acontecimento quando o agressor é seu companheiro. Uma sociedade, na qual o desejo masculino parece estar a cima de todos os demais e na qual, internacionalmente, apenas 5% dos julgamentos por estupro acabam em condenação. Muitas das vítimas são submetidas a ouvir coisas como: “Isso é o que acontece quando fica bêbada ou por se mostrar demais”.

Objetificação: significa reduzir uma pessoa a um objeto. Costuma-se ser utilizada como objetificação sexual feminina, limitando-as a seus atributos sexuais e à sua beleza física, sem levar em conta sua personalidade e sua existência como pessoa. Quando os programas de televisão contratam moças deslumbrantes que apenas posam ao lado de um apresentador sem dizer nada, as estão objetificando.

Feminismo: pode ser considerado o sinônimo do machismo (ao mesmo tempo em que é seu oposto), pois se trata de uma ideologia de superioridade da mulher sobre o homem. O feminismo, assim como o machismo, prega a construção de uma sociedade hierarquizada a partir do gênero sexual; baseada em um regime matriarcal.


Na luta pela igualdade da essência



Daniela Cerasoli luta pelos direitos iguais entre homens e mulheres. Foto: Arquivo pessoal.

“Nos movimentos feministas, o que se busca claramente não é a igualdade de objetos físicos, bem como todas as suas específicas características, que demonstram claramente as diferenças entre homens e mulheres, mas sim nas essências de cada um, onde existem as semelhanças e as diferenças o que se buscam nos movimentos, é a igualdade de direito devidos aos encontros das semelhanças. Graças as mulheres revolucionárias que se juntaram diante de suas indignações sobre sua posição e participação de assuntos importantes nas organizações, nos meios sociais, provamos nossa capacidade intelectual e física em encontro aos dois gêneros. Dados os fatos de uma sociedade na qual vivemos, patriarcal, ou seja, onde o homem é de ordem primária e a mulher está sempre em planos secundários, sendo na ordem da nossa cultura o homem ter o seu lugar essencial e a mulher inessencial”, afirma Daniela Cerasoli, fotografa e feminista.

Todos os movimentos tem boas e más ações. Existem pessoas que sabem exatamente o que estão fazendo e outras que tentam se engajar em um círculo social de pertencimento apenas. Não podemos olhar para os praticantes do movimento, mas sim para o objetivo da cauda.

Existem pessoas tolas em qualquer lugar e a questão é: o quanto você já se beneficiou dos movimentos feministas? Quem eram essas mulheres que nos garantiram direitos até o momento? Quem é contra o movimento conhece de fato o que é a causa feminista ou toda teoria foi embasada pela mídia?

Para quem não acha que as mulheres não necessitam de direitos, então não posso dizer nada a elas. Para quem pouco acredita, ficam as seguintes perguntas: o quanto você conhece da história das mulheres na sociedade? Quais são suas fontes de conhecimento?

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